Jornal Evangélico Luterano

Ano 2018 | número 823

Quinta-feira, 18 de Abril de 2024

Porto Alegre / RS - 15:31

Sínodos

Especial Concílio 2018

Viver o Evangelho: empatia, compaixão, comunhão... (2/2)

A Paróquia Cristo Redentor de Curitiba/PR e o Sínodo Paranapanema sediaram o XXXI Concílio, que aconteceu entre os dias 17 e 21 de outubro de 2018, sob o tema Viver o Evangelho: empatia, compaixão, comunhão...

Para a Presidência da IECLB, foram eleitos o P. Odair Braun e o P. Dr. Mauro Souza, respectivamente, como 1º e 2º Vice Presidentes. Para a Presidência da Igreja, foi eleita a Pa. Sílvia Genz.

Na edição de novembro, publicamos algumas informações pessoais sobre a nova Pastora Presidente da IECLB, bem como a caminhada ministerial da Pa. Sílvia.

Para a edição de janeiro/fevereiro de 2019, os nossos leitores e as nossas leitoras vão ter acessos a matérias especiais sobre o XXXI Concílio, bem como entrevistas com a nova Presidência eleita para a Gestão 2019-2022.

Nesta edição, a oportunidade é de conhecer as ideias e os projetos da nova Pastora Presidente da IECLB para a nossa Igreja.

Chamada para servir: fui chamada por Deus para servir. Dediquei 35 anos da minha vida ao Ministério Pastoral na IECLB. Atuei sempre em Comunidades. Como mulher, Pastora e integrante da Irmandade Evangélica Luterana, tenho o privilégio de estar muito próxima da vida, dos anseios e das necessidades das pessoas que integram as Comunidades e da sua contínua busca por sustentabilidade. Nos últimos oito anos, além de atuar como Ministra responsável pelo trabalho em Paróquia, fui eleita para integrar a Presidência da IECLB. De 2011 a 2014, atuei como Pastora 2ª Vice-Presidente e, desde janeiro de 2015, como Pastora 1ª VicePresidente. Nesse tempo, acompanhei as reflexões dos Concílios, do Conselho da Igreja, das reuniões com Pastores e Pastoras Sinodais e de Igrejas parceiras, tanto no Brasil como no exterior.

Comunidade a serviço da vida:na espiritualidade luterana, a fé é sustento e inspiração da vida. Concretiza-se pelo viver, por isso, fé e vida são inseparáveis. No testemunho e no movimentar missionário, alcançamos as pessoas em suas aflições e alegrias, porque assim vivemos da graça e da esperança no Cristo que oferece vida em abundância (Jo 10.10). Assim, em uma Comunidade que caminha a serviço da vida, confessar pecados e assumir a responsabilidade pelas consequências do pecado são parte do processo de reconciliação do ser humano com Deus, com a pessoa próxima e com toda a Criação. Outra preocupação é o acompanhamento das pessoas membro que vivem distantes de uma Comunidade. O nosso desafio é ‘ser Igreja próxima a essas pessoas’.

Permanente avaliação: avaliar a caminhada é uma necessidade constante na vida da Igreja para seguir os passos de Jesus como o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6). O modelo de organização deve favorecer a fluência das Ações Missionárias e a Proclamação do Evangelho. Após 21 anos de experiência no atual modelo, é chegada a hora de analisar o que o Fórum de 2005 sinalizou: O que funciona? O que é preciso fortalecer? O que é necessário revisar? A avaliação deve envolver as Comunidades, as Paróquias e os Sínodos da IECLB. Tendo por referência a Missão, ressalto a importância da avaliação permanente, em especial no tocante às condições de exercício do Ministério com Ordenação e do Sacerdócio Geral, bem como da sustentabilidade das Comunidades na Missão da Igreja.

Comunicação: a comunicação tem passado por grandes transformações em todo o mundo. Essa realidade é um convite à Igreja para que adapte as suas formas de comunicar aquilo que acontece em seu meio. A Igreja não pode, porém, descuidar do seu papel educador, de promover desenvolvimento cultural, contribuindo com a formação de pessoas cidadãs, por isso, ao mesmo tempo em que a Igreja é desafiada em todas as suas instâncias a diversificar os seus meios de comunicação, ela também é chamada a manter e desenvolver as formas já tradicionais de comunicação. Agilidade no ouvir será uma meta constante, sempre respeitando o tempo que envolve a dinâmica das Comunidades.

Acompanhamento a Pastores e Pastoras Sinodais e Sínodos: pastorear é uma tarefa constante. Se usarmos a figura do Pastor com as suas ovelhas para nos referirmos à relação entre Ministros, Ministras e pessoas membros das Comunidades, precisamos considerar que é necessário cuidar e acompanhar as ovelhas em suas alegrias e suas tristezas. Entre Ministros e Ministras, porém, é assim que também quem pastoreia precisa de acompanhamento. Ministros e Ministras precisam de um olhar atencioso e cuidadoso e de espaços seguros de escuta atenta, espaços para nutrir a espiritualidade pessoal e familiar, para ouvir a Palavra de Deus e orar.

Formação: todo o trabalho da Igreja e a sua ação no mundo precisam ser realizados de acordo com o Evangelho, que, pela graça de Deus, fundamenta a espiritualidade evangélica luterana. É necessário avaliar, atualizar e articular de forma amplamente participativa os processos de formação e programas vinculados à formação de lideranças comunitárias, Ministros, Ministras, Candidatos, Candidatas ao Ministério e estudantes de Teologia, a fim de que sejam fiéis à Palavra de Deus e no cuidado com as pessoas. Todos os processos e programas devem levar à edificação de Comunidades e à transformação de vidas nos mais diversos contextos. 

Sustentabilidade:o que sustenta a Igreja é a Palavra de Deus. Em resposta a ela e em gratidão a Deus, ofertamos os nossos dons e recursos ao serviço do Reino. Nas Comunidades, é importante fortalecer a reflexão sobre Fé, Gratidão e Compromisso. O nosso compromisso referese especialmente à participação na Missão de Deus. À Comunidade, cabe sempre incentivar a participação do maior número possível de pessoas no planejamento das ações existentes e nas novas frentes missionárias.

Testemunho Público: é fundamental o testemunho da Igreja de Cristo como espaço seguro, de vivência da fé em Comunidade, de ambiente democrático que reconhece mulheres e homens como pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus, de reafirmação do diálogo como modo de assegurar o respeito às diferenças, de manutenção do propósito de ser semente de paz e de esperança em meio às situações de conflito e guerra. O testemunho público da IECLB quer ser apoio, consolo e presença da Palavra de Deus revelada em Cristo para todas as pessoas. Testemunho público da Igreja envolve a forma como ela lê, compreende e interage com a realidade e se posiciona frente aos desafios que essa realidade apresenta.

XXXI Concílio da Igreja | 17 a 21 de outubro - Paróquia Cristo Redentor de Curitiba - Sínodo Paranapanema

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O verdadeiro cristão não vive na terra para si próprio, mas para o próximo e lhe serve.
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