Jornal Evangélico Luterano

Ano 2018 | número 818

Sexta-feira, 29 de Março de 2024

Porto Alegre / RS - 03:58

Sínodos

Por uma Igreja em que a fé seja viva

O Sínodo Vale do Itajaí localiza-se no Estado de Santa Catarina e tem forte influência da colonização alemã com grandes centros luteranos, como Blumenau, Brusque e Pomerode. Hoje, são mais de 80 mil pessoas que congregam em 86 Comunidades, formando 32 Paróquias, por isso os 500 anos da Reforma Luterana foram vividos de forma muita intensa nesta região, saindo dos muros dos templos e contagiando a sociedade em geral. A partir dessa comemoração, Comunidades e instituições foram muito criativas ao encorajar membros e setores de trabalho com programações das mais diversas categorias, celebrações emocionantes, cuidados com o patrimônio, ajardinamento, inaugurações de bustos, monumentos, Sessões Solenes em Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas e assim por diante.

Pela primeira vez na história, os Sínodos Vale do Itajaí, Norte Catarinense e Paranapanema se juntaram para coroar todas essas experiências enriquecedoras realizando, no dia 29 de outubro de 2017, o Dia Intersinodal da Igreja, o qual reuniu, aproximadamente, 7 mil pessoas e um grupo de 500 Musicistas. A Pregação foi dirigida pelos Pastores Breno Carlos Willrich, Inácio Lemke e Odair Airton Braun, Pastores Sinodais, respectivamente, dos Sínodos Vale do Itajaí, Norte Catarinense e Paranapanema.

A música também é algo que nos orgulha. Ela exerce um papel fundamental na Evangelização e Missão da Igreja. Há bonitas experiências com grupos de instrumentistas, metais, coros, canto, flautas, órgãos e violões. A inovação musical deve estar aliada à tradição e à história da música luterana. Seminários e encontros musicais são espaço para formação e motivação, de modo que novos Musicistas sintam-se chamados. Também observamos que as Comunidades estão optando em contratar profissionais da área da música para coordenar os trabalhos.

A nossa Visão é ser Igreja de Comunidades atrativas, inclusivas e missionárias. Precisamos estar de portas abertas e ter a ousadia em convidar novas pessoas para a participação comunitária. O acolhimento a imigrantes é algo que está nos mobilizando como uma Igreja diaconal, desafiando membros a mudarem a postura e abrirem os corações ao próximo. Também a acessibilidade está em nossas discussões, oferecendo espaços com lugares especiais para cadeirantes, rampas e elevadores para pessoas com deficiência ou idosas.

O que nos preocupa é o fato de não conseguirmos crescer em número de membros. Somos uma Igreja com Teologia sóbria, temos ótimos templos, programas atrativos, grupos das mais variadas formas, em que há verdadeira comunhão. Nós nos perguntamos constantemente como aliar o fato de sermos uma Igreja histórica com a necessidade de estarmos abertos para receber novas pessoas com os desafios da atualidade.

Que tipo de experiências as pessoas estão buscando para viver a fé? O crescente número de pessoas que participam de setores de trabalho, mas não frequentam os Cultos nos faz perguntar: grupos menores são melhores para vivenciar a fé? No mundo de hoje, com tanta individualização e exclusão, a fé não pode ser tratada com um produto. Precisamos reavaliar e assumir uma nova proposta de Missão, Evangelização, com forte ênfase para a Comunicação e Diaconia. Falhamos também quando não conseguimos motivar lideranças a assumir funções ou participar de eventos de formação.  

A sustentabilidade das nossas Comunidades também é uma discussão contemporânea. Por mais esmero que tenhamos com o nosso patrimônio e mais responsabilidade que tenhamos com as atividades ministeriais, muitas vezes membros ainda entendem a Igreja como um clube, que tem mensalidade e oferece serviços. Precisamos aprofundar a discussão sobre a passagem de uma contribuição obrigatória para uma contribuição por fé, gratidão e compromisso. Não é uma tarefa simples, já que este sistema está em voga desde o início da colonização.

Como Igreja da Reforma, completamos 500 anos. Fizemos um esforço enorme para resgatar a nossa história, valorizar a nossa tradição e lembrar personagens importantes destes últimos cinco séculos. Agora, são outros 500! 

P. Breno Carlos Willrich | Pastor Sinodal do Sínodo Vale do Itajaí

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