Presidência da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil



Rua Senhor dos Passos , 202 V andar - Centro
CEP 90020-180 - Porto Alegre /RS - Brasil
Telefone(s): (51) 3284-5400
presidencia@ieclb.org.br
ID: 2275

Missão - Compromisso com a Paz

Palavra da IECLB - O que dizem os manifestos e posicionamentos da Direção da IECLB

1. Fundamentação:

O que diz o Plano de Educação Cristã Contínua sobre compromisso com a paz:
O pecado afasta-nos de Deus, mas Deus nos procura em amor e bondade e oferece-nos o perdão. Em Cristo, somos reconciliados com Deus (Romanos 5.11; 2 Coríntios 5.18). A misericórdia de Deus é a fonte da reconciliação.
Educar para a reconciliação é anunciar a misericórdia e o perdão de Deus. Esse anúncio visa a atitudes concretas: reatar as relações com Deus e as relações com outras pessoas. A consequência da reconciliação é a paz.
Plano de Educação Cristã Contínua – PECC
Texto completo do PECC

 

O que dizem as Diretrizes da Política Educacional da IECLB sobre compromisso com a paz:
“Regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes; compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade; abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis.” (Romanos 12.12-14).

A esperança motiva e inspira a vivência de um projeto de vida digna e justa. Os laços que uniram a escola e a igreja na história são caracterizados por um projeto de esperança: esperança por justiça e paz, liberdade e fraternidade.
O projeto de esperança se realiza através da defesa da dignidade humana e do serviço concretizado através de ações com vistas a uma vida digna. A tarefa de cuidar desse projeto é atribuição da família, da escola, da igreja e dos seus diferentes grupos, da sociedade.

A prática e a construção de um projeto de esperança são inspiradas pela ação de Deus entre nós e experimentadas através de testemunhos de fé e de ações de justiça. Praticar atos de justiça e de misericórdia, proclamar a esperança e vivenciar a reconciliação entre as pessoas é tarefa anunciada por Deus: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.” (Miquéias 6.8).

A misericórdia de Deus e a reconciliação com Ele nos liberta da preocupação com o futuro e nos faz perceber a importância da ação concreta na defesa e promoção da vida, através da educação, da saúde, do trabalho. A esperança torna possível a vivência de um projeto de paz e justiça que se faz através da reconciliação.

A reconciliação provém de Deus, que a tornou possível através da morte e ressurreição de Jesus (2 Coríntios 5.18). Através de Cristo, fomos reconciliados com Deus. Por isso, somos embaixadores e embaixadoras de Jesus que fala e age por meio das pessoas. Deus nos incumbe de uma missão que abrange o âmbito público e particular: ser emissários do seu amor para com seus filhos e suas filhas.
Diretrizes da Política Educacional da IECLB
Texto completo das Diretrizes

 

O que dizem manifestos e posicionamentos da Direção da IECLB sobre compromisso com a paz:
Movidos pelo Espirito Santo, testemunhamos a nossa fé, a nossa confiança e o nosso compromisso com o Cristo ressurreto! Ele é o fundamento da nossa esperança e também motivação a nos engajarmos para buscar a paz da cidade, apesar das cruzes e em meio às cruzes que ainda hoje se erguem. Nesta perspectiva, não existe Pentecostes sem cruz. Por que cremos no Cristo crucificado e ressurreto, não renunciamos à esperança nem nos conformamos com o mal. Ao contrário, apostamos em valores como: civilidade, paz, justiça, democracia, cuidado, liberdade, diversidade, presença, diaconia, ecumenismo, fé, vínculo, harmonia, gratidão, respeito, esperança, diálogo e partilha.
Mensagem a Ministros e Ministras – 2014
Texto completo da Mensagem

 

Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor, porque na sua paz vós tereis paz (Jeremias 29.7).

No seu tempo, no seu contexto, em meio às ambiguidades daquela época, Jeremias, o profeta de Deus, aponta a paz, a busca da paz e a oração pela paz como caminho para uma vida em sociedade com dignidade, com direitos respeitados, com alegria de viver, com perspectiva real para viDas em comunhão. Se, no contexto da Copa, resumirmos a busca da paz com o termo alegria, alegria verdadeira, trata-se de uma alegria dada, que pode ser experimentada e vivida no presente. É a alegria a ser cuidada em um processo de consolidação de direitos e atendimento a necessidades básicas das pessoas.

O espírito evangélico procura lidar com realismo e sobriedade com o sentimento de ambiguidade que se manifesta neste tempo de Copa. Ao mesmo tempo em que festeja, também foca na solidariedade e na prática da justiça promotora da paz e superadora da violência e do racismo.
Mensagem Copa do Mundo – entre alegria e apreensão – 2014
Texto completo da Mensagem

 

A Páscoa lembra-nos que não é Deus quem ergue as cruzes em nosso mundo! Não é Deus quem nos quer fazer sofrer. A Páscoa lembra-nos que, no centro do Evangelho, está o Cristo crucificado e ressurreto, o Deus que ama as pessoas fragilizadas, destituídas dos seus direitos. Lembra-nos, ainda, que Deus quer nos tornar vivos, engajados contra a violência, a maldade. A Páscoa, a ressurreição de Cristo, nos convida a viver e festejar a nossa história em comunidade, a optarmos por caminhos que conduzam a viDas em comunhão.

É por isso que nós, na IECLB, podemos propor como Lema deste ano o convite do profeta Jeremias: Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor, porque na sua paz vós tereis paz (Jeremias 29.7).

É porque Jesus Cristo vive e está entre nós que temos esperança e nos engajamos para buscar a paz da cidade, apesar das cruzes e em meio às cruzes que ainda hoje se erguem.

É porque cremos no Cristo crucificado que não renunciamos à esperança nem nos conformamos com o mal. Ao contrário, apostamos em valores como: civilidade, paz, justiça, democracia, cuidado, liberdade, diversidade, presença, diaconia, ecumenismo, fé, vínculo, harmonia, gratidão, respeito, esperança, diálogo e partilha.
Mensagem da Páscoa – 2014
Texto completo da Mensagem

... é urgente resgatar a nossa identidade como criaturas criadas por Deus. O próprio Deus, por amor a nós, vem ao nosso encontro em Jesus Cristo e nos ensina o caminho da volta, o sentimento que leva à humanidade: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,...”, conforme Filipenses, capítulo 2, versículos 5 a 7.

Cristo nos mostra em toda a sua radicalidade o que Deus espera do ser humano criado à sua imagem. Somos convidados e convidadas a, urgentemente, resgatar valores essenciais para a cidade enquanto espaço de bem-estar para todos e todas: civilidade, justiça, democracia, tolerância, liberdade, diversidade, presença, diaconia, ecumenismo, fé, vínculo, harmonia, gratidão, respeito, esperança, diálogo, partilha – paz. Estes são valores próprios do Evangelho a serem resgatados e reforçados pela comunidade cristã em comunhão com a sociedade.

Hoje, a cidade é, como nos tempos do profeta Jeremias, um mercado para as religiões. Sobreviver nessa realidade como comunidade evangélica de confissão luterana requer trabalho. Fazer a diferença em prol da paz requer esforço maior ainda, porque tira a comunidade de uma zona de conforto.

Em um mundo com referenciais cada vez mais dispersos, o empenho pela paz faz a comunidade parar e pensar, tira a comunidade da ilusão do sucesso meramente numérico e a faz ultrapassar o sentimento de fracasso.

Promover a paz da cidade requer atitudes corajosas para fazer frente à desesperança. Comunidade cristã é essencialmente rede de apoio mútuo, individual e coletivamente. Promover a paz requer perguntar constantemente pelo lugar da Igreja (da cruz) na paisagem urbana.
Mensagem para o lançamento do Tema do Ano de 2014
Texto completo da Mensagem

 

“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais de novo a jugo de escravidão. 13 Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. 14 Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. 15 Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede que não sejais mutuamente destruídos”.

O Apóstolo Paulo não fala a respeito de qualquer liberdade, mas da liberdade para a qual Cristo nos libertou. Esta liberdade tem como princípio o amor, o cuidado para com o próximo, a causa de Deus como fim último! Liberdade cristã caminha de mãos dadas com dever e responsabilidade! Fazer esta distinção é fundamental! Por quê? Porque há uma liberdade que mata, escraviza, nos devora e destrói (v.15), que não é autêntica. Sintoma mais evidente desta falsa liberdade, deste jugo de escravidão é o sofrimento humano fruto da violência. (...)

Liberdade cristã é também um exercício comunitário. Esta dimensão da fé está presente no Tema do Ano da IECLB, que diz: Ser, Participar,

Testemunhar - Eu vivo comunidade!
Ser tem a ver com a liberdade que brota da fé em Cristo! Somos filhas e filhos de Deus. Somos iguais. Diante de Deus, temos o mesmo valor. Não somos concorrentes, mas irmãos e irmãs comprometidos e comprometidas com a mesma causa, a causa do Reino de Deus!

Participar tem a ver com a fé que se torna ativa no amor, em uma postura protagonista, que não terceiriza responsabilidades, que busca ser propositiva, construtiva.

O testemunho, por sua vez, se mostra na alegria e na confiança com que interagimos uns com os outros, na gratidão que constrói caminhos que nos colocam ao lado de irmãos e irmãs, nos gestos de paz e justiça e na capacidade de recuar para que o irmão e a irmã possam dar um passo à frente.
“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais de novo a jugo de escravidão.”
Mensagem pelo Dia da Reforma – 2013
Texto completo da Mensagem

 

Viver comunidade é estar envolvido na luta por justiça que produz paz. É sinal da vida que brota da cruz de Cristo, que leva ao encontro de outras pessoas, fortalece na esperança e revela que as coisas não precisam ser como são! (...)

Um dos princípios da Constituição da IECLB reza que, “em obediência ao mandamento do Senhor, a IECLB tem por fim e missão propagar o Evangelho de Jesus Cristo; estimular a vivência evangélica pessoal, familiar e comunitária; promover a paz, a justiça e o amor na sociedade; participar do testemunho do Evangelho no País e no mundo” (Art. 3º.).

Esse testemunho é a grande oportunidade que Deus concede a cada membro à medida que assume sua responsabilidade cidadã. Ser, participar e testemunhar com base na justiça e na verdade, sempre, em todos os momentos e lugares, em resposta e fidelidade ao amor de Deus por nós. Essa é uma parte importante da nossa contribuição para um país onde a justiça e a paz florescerão mais e mais à medida que a verdade prevalecer.
Manifesto sobre Protestos nas ruas do Brasil – 2013
Texto completo do Manifesto

 

... somos, novamente, desafiados a aprender do sacrifício de Cristo. Os textos bíblicos previstos no calendário litúrgico dão destaque ao caminho que levou Jesus à cruz. Ele, pacientemente, a enfrentou e carregou para que ninguém de nós tivesse que sofrer ou praticar tamanha crueldade como ele sofreu. Todavia, infelizmente, nesse sentido, o sacrifício de Jesus parece não ter sido suficiente, e nós convivemos – diariamente – com a violência absurda, cruel e deplorável que ceifa vidas; tantas vidas, e tão pouco vividas. No triste episódio do Realengo, crianças atualizaram, no âmago de sua dor e sofrimento, a paixão de Cristo.

Ainda que a morte se manifeste arrasadora entre nós, o amor de Deus é mais forte que a morte e, na morte vicária de Cristo, Ele está presente junto a todas as pessoas que experimentam situações de morte e luto. Além da solidariedade de toda a sociedade brasileira, cabe-nos como Igreja, movidos e movidas pela fé cristã, anunciar que, em Cristo, a morte já foi derrotada. Sua cruz é o ponto mais baixo de toda história da humanidade para que ninguém mais precise cair mais baixo que ela, sem ser por Ele acolhido.

Por essa razão, nós – teimosamente – confiamos que a semente da paz de Cristo pode florescer mais e mais entre nós, abrangendo toda a Criação de Deus, com esperança e compromisso. A violência e as mortes cotidianas – bem como todo sofrimento causado pelos danos das enxurradas, vendavais, tsunamis – não nos derrotam, ainda que nos abatam. Cremos em Jesus, crucificado e ressurreto, como, muito propriamente, o Evangelho da semana anuncia: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim ainda que morra, viverá (Jo 11.25).
Manifesto sobre o massacre em Realengo – 2011
Texto completo do Manifesto

 

A Bíblia nos dá um claro mandato em favor da paz. O profeta Isaías idificou o Messias, que haveria de vir, como “Príncipe da Paz” (Isaías 9.6). Os anjos de Belém anunciaram aos pastores o nascimento de Jesus, cantando e anunciando “paz na terra” (Lucas 2.14). Quando Jesus foi preso, alguém quis defendê-lo, mas Jesus lhe ordenou: “Embainha a tua espada” (Mateus 26.52). Jesus nos trouxe e nos deixou a paz, em vida e após a ressurreição (João 20.19,21 e 26). De fato não a deu, como a dá o mundo (João 14.27). A paz do mundo geralmente é baseada na força e, portanto, é uma paz falsa e ilusória. Jesus deu sua vida pelo perdão dos pecados, pela reconciliação e pela paz. No Sermão do Monte, deu-nos um mandamento novo e radical: “amar os inimigos e orar por eles” (Mateus 5.44). E proclamou a maravilhosa promessa: “Bem-aventuradas as pessoas que constroem a paz” (Mateus 5.9).

Quando reunidos em culto, também compartilhamos a paz uns com os outros e intercedemos incessantemente pela paz no mundo e entre as pessoas. Também cantamos: “Nem só palavra é a paz: É palavra unida à ação. Jesus deu a vida, o sangue da aliança, o signo da paz para um mundo infeliz” (HPD 1, hino 170, estrofe 2). As pessoas cristãs, portanto, não reproduzem a violência, mas disseminam a paz. Seguem a admoestação do apóstolo Paulo: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”(Romanos 12.21).

Deus, em tua graça, transforma o mundo!
A prece expressa confiança em Deus, mas ela não nos faz cruzar os braços. Muito antes, quer levar-nos à ação. Por isso estamos sendo chamados a desarmarmos os espíritos e as mãos. Cabe-nos fazer a nossa parte! Pois a paz não surge por si, nem por decreto. Nem o referendo por si só resolverá o problema. É preciso sermos educados para a paz, desde a infância até o final da vida. Com esse objetivo, muitos pais e mães dão a seus filhos, ao invés de tanques de guerra e aviões de caça, brinquedos que educam para criar, edificar, repartir e cooperar. A posse de armas, mesmo por adultos, não contribui para a construção da paz, ainda que possa parecer que ter uma arma nos ajudará a defender nossa vida e de nossa família no momento em que formos ameaçados. Na grande maioria dos casos, dará apenas uma ilusória e perigosa sensação de segurança. Em resumo: a criação de uma cultura de paz e justiça depende de um conjunto de fatores e ações, tanto por parte da cidadania quanto pelo Estado.

“Venha o teu reino”
Estaremos assim antecipando e concretizando aquela visão do profeta Isaías de um mundo sem guerras e violência? Ainda não. Mas estaremos colocando, sim, sinais de nossa esperança. Infelizmente, a violência não desaparecerá do mundo simplesmente através de nossas ações, mesmo as melhores. Mas medidas adequadas e um espírito de paz poderão reduzir sensivelmente a violência. Acreditamos que o estatuto do desarmamento é um passo significativo nessa direção.

Na oração que Jesus nos ensinou, o pai-nosso, tem a bonita prece: “Venha o teu reino.” (Mateus 6.10) Ansiamos e aguardamos em confiança a vinda do Reino em sua plenitude. Mas pedimos que o reino de Deus nos venha já agora, na fé e por sinais concretos de vida e paz. Que no referendo do dia 23 o povo brasileiro vote com tranquilidade e consciência e que seu resultado contribua para mais vida e paz em nosso país.
Manifesto acerca do referendo sobre a Proibição do Comércio de Armas e Munição – 2005
Texto completo do Manifesto

 

Como testemunhas de Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, somos comprometidos com a causa da paz no mundo e no nosso país. Jesus chamou de felizes as pessoas que promovem a paz (Mateus 5.9). Nosso compromisso com a paz é consequência do fato de que em Cristo somos justificados e temos paz com Deus (Romanos 3.21ss). Desta justificação nasce uma nova vida e nova maneira de ser e de se relacionar com as pessoas e o mundo de Deus.

São condenáveis todas as formas de violência, fruto do pecado humano, como regimes ditatoriais e ações de terrorismo. Da mesma forma, a lógica da guerra é igualmente pecaminosa. Ademais, não reconhecemos a guerra como meio nem legítimo nem eficaz, muito menos moral, para atingir a paz e vencer o terrorismo. Ao contrário, seu resultado é um ódio cada vez maior.

(...) Rejeitamos toda e qualquer noção de guerra santa. Deus é um “Deus de amor e de paz” (2 Coríntios 13.11). Preocupam-nos, igualmente, as consequências da atual guerra para as relações inter-religiosas, sobretudo, entre cristianismo e islamismo.

Quanto aos aspectos religiosos e teológicos, ficamos também chocados com o abuso constante na invocação do nome de Deus, com o objetivo claro de legitimar o uso das armas. Rejeitamos toda e qualquer noção de guerra santa. Deus é um “Deus de amor e de paz” (2 Coríntios 13.11). Preocupam-nos, igualmente, as consequências da atual guerra para as relações inter-religiosas, sobretudo, entre cristianismo e islamismo.
Além de afetar profundamente as relações diplomáticas, em âmbito global, a guerra tem inaceitáveis consequências humanitárias e ecológicas. Entre elas, podem ser mencionadas, como já somos testemunhas, a inaceitável morte de civis e militares, em número imprevisível, o aumento significativo de refugiados e despossuídos, bem como grave destruição urbana e ambiental.
Manifesto em favor da Paz – 2003
texto completo do Manifesto

 

2. Desdobramentos práticos de Compromisso com a Paz:

Não devemos esquecer tampouco que a proibição do comércio de armas e munição só pode ser considerada um passo, importante sem dúvida, mas apenas um passo de uma caminhada bem mais longa. Precisamos políticas sociais que criem melhores condições de vida e diminuam o desemprego, para que as pessoas tenham mais perspectivas de vida digna. É também indispensável exigir que o Estado cumpra com maior eficiência sua obrigação quanto à educação. Esta deverá ser priorizada sempre, garantindo a todas as pessoas o acesso a ela, contribuindo assim para a formação da cidadania, da solidariedade e de uma cultura de paz. E também necessitamos de melhores políticas relativas à segurança pública, para que a população não se sinta ameaçada. Devemos demandar isso de nossos governantes, nossos legisladores e de nossas instâncias judiciais. Necessitamos igualmente de órgãos policiais melhor preparados e melhor equipados, também depurados quando houver conivência com o crime.

(...)Deus, em tua graça, transforma o mundo! A prece expressa confiança em Deus, mas ela não nos faz cruzar os braços. Muito antes, quer levar-nos à ação. Por isso estamos sendo chamados a desarmarmos os espíritos e as mãos. Cabe-nos fazer a nossa parte! Pois a paz não surge por si, nem por decreto. Nem o referendo por si só resolverá o problema. É preciso sermos educados para a paz, desde a infância até o final da vida. Com esse objetivo, muitos pais e mães dão a seus filhos, ao invés de tanques de guerra e aviões de caça, brinquedos que educam para criar, edificar, repartir e cooperar. A posse de armas, mesmo por adultos, não contribui para a construção da paz, ainda que possa parecer que ter uma arma nos ajudará a defender nossa vida e de nossa família no momento em que formos ameaçados. Na grande maioria dos casos, dará apenas uma ilusória e perigosa sensação de segurança. Em resumo: a criação de uma cultura de paz e justiça depende de um conjunto de fatores e ações, tanto por parte da cidadania quanto pelo Estado.
Manifesto acerca do referendo sobre a Proibição do Comércio de Armas e Munição – 2005
Texto completo do Manifesto

 

Assim, confessando a soberania de Deus, revelada a nós em Jesus Cristo, não reconhecemos sobre nós nenhuma outra autoridade do que a desse Deus de amor. Portanto, não podemos fazer nenhuma distinção de valor entre as pessoas, criadas todas elas à imagem de Deus, e pelas quais Jesus Cristo se doou. Afirmamos a necessidade de respeitar integralmente a diversidade cultural, étnica e religiosa. Comprometemo-nos, particularmente, em: - empenhar-nos em favor da paz, da justiça e da integridade de toda a criação;
Mensagem sobre os 180 anos de suas primeiras comunidades – 2004
Texto completo da Declaração

 

Que fazer diante do quadro de violência?
Em primeiro lugar, mencionamos como absolutamente fundamental o resgate da consciência da dignidade da vida. Não podemos esperar a solução do problema da violência pelo mero combate direto à criminalidade. É preciso atingir suas causas mais profundas, e essas residem na própria organização social e na compreensão de ser humano que a ela subjaz. Sobretudo, é preciso reconhecer que a violência em si apenas gera mais violência, nunca sua superação. Todo e qualquer ser humano precisa ser reconhecido, respeitado e protegido em sua dignidade e seu direito à vida. Obviamente, isso vale para a população que se sente ameaçada e exposta aos perigos da criminalidade, na rua, no trabalho e no lar. Mas vale também para os próprios criminosos que devem ser coibidos em seus intentos e punidos em seus crimes, mas sempre com respeito à integridade de suas vidas, objetivando sua reabilitação social. No combate ao crime, os órgãos constituídos não podem recorrer aos mesmos meios empregados pela criminalidade.

Em segundo lugar, mencionamos como indispensável a construção da paz e da justiça sociais. Estas nunca se dão de maneira automática, mas devem ser construídas com esforço e dedicação. Sobretudo, elas jamais se estabelecem como consequência do crescimento econômico que deve, isto sim, ser direcionado intencionalmente para a paz e a justiça. Ou seja: são necessários mecanismos políticos e legais tendentes a garantir o atendimento das necessidades básicas de toda a população, quais sejam, a educação, a saúde, a nutrição, a moradia, entre outras. Acima de tudo devemos fomentar um processo permanente de educação para a paz, a justiça e a solidariedade. Deve-se incentivar que todos os agentes educativos, a começar pela família, seguindo-se o sistema escolar, mas também as organizações da sociedade civil, não por último igualmente as comunidades das igrejas, se insiram decididamente em programas, iniciativas e esforços de construção de uma mentalidade e cultura de paz.

Em terceiro lugar mencionamos o correto e eficiente combate à criminalidade. Este se dá pela eficiência e agilidade dos processos legais, policiais e judiciais, pelos quais, mediante o indispensável respeito à dignidade humana, a população é protegida e a criminalidade combatida. Entendemos que a solução para a violência também passa pela qualificação e melhor remuneração das forças policiais, bem como por um sistema penitenciário mais adequado, mas nunca pela mera repressão violenta à criminalidade. Alimentando a espiral da violência, não se supera a criminalidade, mas apenas se faz surgir no horizonte o espectro de uma verdadeira guerra civil. Sem dúvida, é indispensável um sistema judicial mais ágil e sobretudo não discriminatório para os pobres e não permeável aos privilégios dos poderosos. A impunidade que grassa no país precisa ter um fim. Punições eficientes e exemplares, proporcionais aos crimes cometidos, são necessárias. Contudo, não se esqueça também que a motivação nunca deve ser o desejo de retribuição e vingança, mas sempre o empenho pela proteção da sociedade e pela recuperação das pessoas criminosas respeitadas em sua dignidade.

Rejeitamos, portanto, qualquer ideia de introdução da pena de morte e denunciamos como aviltante, odiosa e intolerável a prática, infelizmente nada incomum, de torturas e execuções por integrantes das forças de repressão.
Manifesto sobre a Violência no País – 2002
Texto completo do Manifesto
 


AÇÃO CONJUNTA
+
tema
vai_vem
pami
fe pecc

Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha.
Filipenses 2.5
EDUCAÇÃO CRISTÃ CONTÍNUA
+

REDE DE RECURSOS
+
A lei inteira se resume em um mandamento só: ame os outros como você ama a você mesmo.
Gálatas 5.14
© Copyright 2024 - Todos os Direitos Reservados - IECLB - Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - Portal Luteranos - www.luteranos.com.br