CURSO DE TEOLOGIA POPULAR 5ª ETAPA – 12ª EDIÇÃO
Tema: Antigo testamento: Formação do povo de Deus. A criação de Deus e o desafio com a preservação do meio ambiente.
“Eu conheço bem os meus erros, e o meu pecado está sempre diante de mim”. Salmo 51. 3. Com esta reflexão, conforme as senhas diárias, a Diácona Cátia Berner saudou o grupo presente no curso do CTP, reunidos na casa de retiros em Ipira-SC, para o 5º encontro do curso de teologia popular, coordenado pelo teólogo Jeferson Buss e o estudante de teologia Rony Marcos Adami.
O tema de sábado foi, Antigo Testamento: Formação do povo de Deus. “Então, lhe disseram: Declara-nos, agora, por causa de quem nos sobreveio esse mal. Que ocupação é tua? Donde vens? Qual a tua terra? E de que povo tu és?” Jonas 1. 8. E assim deu-se o início do estudo. O povo de Deus e/ou povo de Israel, tem sua origem em Abraão, determinou que existe um só Deus, o Criador do universo. Abraão teve um filho chamado Jacó (Israel); este, porém, teve 12 filhos homens, os quais após sua longa peregrinação no deserto, que durou 40 anos, chegaram a Canaã, a terra prometida. Assim deu-se origem às 12 tribos de Israel, conforme o relato do livro de Josué.
A manhã do domingo teve início com uma abençoada celebração do Culto da Palavra, preparado pelos colegas cetepistas das Paróquias de Alto Bela Vista, Piratuba e Filadélfia. Em seguida, o assessor Jeferson, propôs a leitura do texto bíblico de Gênesis (1.1-2.4a e 2.4b-25), a criação do mundo, para assim entender a ecologia numa perspectiva Bíblica. Em grupo houve o esforço de responder a seguinte pergunta: Há esperança para a criação ameaçada?
Conforme, os teólogos e escritores Moltman e Boff, que abordam o tema da ecologia na perspectiva bíblica afirmam que é necessário uma hermenêutica bíblica para enfrentar os desafios da crise ambiental. Pois, o mundo é espaço de vida que precisamos conservar. Diante dos clamores e gemidos da terra os autores trazem a presença divina existente na criação. E afirmam a total dependência do ser humano em relação ao planeta. Dizem que devemos reconhecer que tudo o que está ao nosso redor é criação de Deus e estar agradecidos por tudo que Deus nos oferece. A sociedade cresceu numa cultura individualista e capitalista deixando de lado os valores presentes na criação. Devemos fazer uma conversão de valores a respeito da vida, começando por nós e na comunidade, conforme dizem as palavras de Rm 8.19 “A própria criação espera com impaciência a manifestação dos filhos de Deus”. Como podemos propor uma cultura orgânica em meio ao capitalismo? Apontar os erros dos antepassados, ou avaliar os resultados, para começar a mudança? O segredo está no ser humano, ele mesmo tem em suas mãos o poder de destruir e construir. Ter cuidado com a terra e com a vida, respeito, responsabilidade universal e cooperação incondicional. Esses princípios devem estar acompanhados por virtudes como: hospitalidade, conviver com as diferenças, ter tolerância. O que está em minha mesa, que esteja igualmente em todas as mesas, para que não haja mais fome em meio a tanta fartura e desperdício de alimentos.
Como Igreja temos ciência do que está acontecendo, para isso, precisamos tomar postura diante da situação que atinge nossa civilização. Só nos faltam vontade e amor à vida, a nossa e de nossos filhos e netos. A atitude da mudança está em nossas mãos. Quando temos fé, não podemos ficar de braços cruzados, devemos seguir o que está nas Escrituras Sagradas e agir. Construir espaços de diálogo, conscientização e atitudes que preservem a boa criação de Deus. Este foi o desafio proposto no encontro. Em seguida os participantes plantaram algumas árvores no pátio da casa de retiros de Ipira, demostrando também seu cuidado com o meio ambiente. Assim, mais uma etapa chega ao fim, com uma aula a campo, para nos aquecer do frio e também nos aconchegar na presença do grande amor de Deus por nós e por todos os seres de sua criação!
Agradecimento em especial a Diácona Catia, por conduzir este curso, ao pessoal da Paróquia de Alto Bela Vista, pelo preparo de nossas refeições, e aos assessores por transmitir mais conhecimento e entendimento.
Cetepistas – Anilori Reik e Débora Grace Bach Kalsing.
