Aniversário da Catarina!

29/01/2018

Naturalmente, a “Reforma Protestante” está ligada ao nome de Martinho Lutero. Mas, um trabalho dessa envergadura não se realiza sozinho. Vários seguidores apoiaram Lutero, entre os quais está Catarina von Bora, nascida em Lippendorf, 29 de janeiro de 1499, falecida em Torgau, 20 de dezembro de 1552. Ela organizou a casa, administrou o dinheiro e um sítio, operou uma cervejaria e tomou conta de uma criação de peixes. Martinho Lutero a chamava de meu Senhor Käthe – um sinal de que ela quem mandava na casa. Mas, donde veio tal mulher? A magra Catarina tinha apenas cinco anos de idade quando foi deixada por seu pai nos portões da escola do convento beneditino na cidade de Brehna. A sua mãe havia falecido. Seu pai logo se casaria novamente e uma filha pequena era um peso muito grande. Então, no convento a menina receberia uma boa educação. Mesmo não tendo planejado para si o estilo de vida no convento, Catarina passou a se submeter à rigorosa rotina diária. Ela aprendeu latim numa época em que as mulheres não sabiam sequer ler. Também aprendeu a cozinhar, costurar e a cuidar de jardins. Orava sem parar e participava das celebrações todos os dias. Quando tinha seus vinte e poucos anos, os ensinos de um homem chamado Martinho Lutero começaram a penetrar pelas paredes do convento. Às vésperas da Páscoa de 1523, Catarina e outras onze irmãs escaparam do convento escondidas na carruagem de um mercador chamado Leonard Koppe. Três voltaram para seus lares e as outras nove foram levadas a Wittenberg, onde o próprio Lutero esperava encontrar casas, maridos e empregos para elas. Com o passar do tempo todas já haviam se estabelecido e encontrado um esposo, menos Catarina Von Bora. Ela havia se apaixonado por um jovem. Contudo, os pais dele se recusaram a deixar que o casamento acontecesse por causa de seu passado como freira. Ela ficou desolada. Lutero propôs que ela se casasse com outra pessoa. Aí foi ela que recusou o homem sugerido. Ela não estava sendo difícil, apesar de Lutero pensar assim. Quando um amigo de Lutero veio para uma visita, Catarina sinalizou que Lutero seria o tipo de marido que ela aceitaria – apesar da diferença de idade entre ambos (16 anos) e apesar de Lutero dizer que não se casaria. Quando Lutero escutou as palavras de Catarina, não as encarou com seriedade, mas contou aos pais dele num dia em que foi visitá-los. Ao invés de rir, o pai de Lutero começou a pensar sobre o fato. Lutero já não era tão jovem. Seu pai ainda tinha esperanças de realizar o sonho de ser avô! Aquilo tudo que começou como uma piada. Porém, foi ficando cada vez mais sério para Lutero. Casando-se com Catarina, Lutero lhe daria o status de que precisava, daria testemunho da fé na questão familiar, trazendo alegria e conforto ao seu velho pai. Então no dia 13 de junho de 1525, o ex-monge se casou com a ex-freira. Catarina não escreveu nenhum livro, nem pregou nenhum sermão, mas sua inestimável ajuda possibilitou que o marido fizesse isso. Ela esteve sempre ao seu lado. Como Lutero mesmo disse a um amigo: “Minha querida Käthe me mantém jovem e em boa forma também. Sem ela eu ficaria totalmente perdido. Ela aceita bem minhas viagens e, quando volto, está sempre me esperando. Cuida de mim nas depressões. Suporta meus acessos de cólera. Ela me ajuda no trabalho e, acima de tudo ama a Jesus. Depois de Jesus, ela é o melhor presente que Deus em deu em toda a vida”. Tudo que Catarina Lutero falou ao ouvir isso foi: “Tudo que tenho sido é esposa e mãe e acho que uma das mais felizes de toda a Alemanha”. Dos seis filhos de Martinho e Catarina, Margarida foi a única que manteve a linhagem até os dias de hoje.


Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 45663
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